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8 de Maio de 2024

Há 726.712 pessoas presas no Brasil

Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, o Infopen, traz dados consolidados

há 6 anos

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulga a edição mais recente do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) – com dados consolidados referentes a todo o ano de 2015 e o primeiro semestre de 2016.

Clique e acesse o relatório de 2015
Clique e acesse o relatório de 2016
Clique e acesse a apresentação da coletivaOuça a coletiva de imprensa com o diretor-geral do Depen, Jefferson de Almeira
Ouça a apresentação do Infopen


As informações do Infopen foram organizadas e tabuladas ao longo dos últimos meses, com a participação de organizações do Poder Executivo e também dos estados da federação.

O número exato de presos no sistema penitenciário brasileiro somou 726.712 pessoas em junho de 2016 – último dado tabulado. Do total, 5,8% é composto por mulheres.

O relatório constata que 89% da população prisional encontram-se em unidades com déficit de vagas, independente do regime de cumprimento da pena.

Setenta e oito por cento dos estabelecimentos penais comportam mais presos do que o número de vagas disponíveis. A maior taxa de ocupação é registrada no estado do Amazonas, com 484%.

Comparando-se os dados de dezembro de 2014 com os de junho de 2016, verifica-se crescimento no déficit de vagas de 250.318 para 336.491 vagas no país.

A taxa de presos por grupo de 100 mil habitantes subiu nesse mesmo período de 306,22 para 353 indivíduos.

Análise comparada

Em termos internacionais, segundo o relatório, o Brasil é o terceiro país no mundo com maior número de pessoas presas. Tem menos presos que os Estados Unidos (2.145.100 presos) e a China (1.649.804 presos). O quarto país com maior número de presos é a Rússia (646.085 presos).

Perfil socioeconômico

Do universo total de presos no Brasil, 55% têm entre 18 e 29 anos.

Observando-se o critério por estado, as maiores taxas de presos jovens, com menos de 25 anos, são registradas no Acre (45%), Amazonas (40%) e Tocantins (39%).

Quando estratificado segundo a cor da pele, o levantamento mostra que 64% da população prisional é composta por pessoas negras. O maior percentual de negros entre a população presa é verificado nos estados do Acre (95%), do Amapá (91%) e da Bahia (89%).

Quanto à escolaridade, 75% da população prisional brasileira não chegou ao ensino médio. Menos de 1% dos presos possui graduação.

Presos provisóriosO Infopen mostra também que 40% dos encarcerados são formados por presos provisórios.

Os crimes relacionados ao tráfico de drogas são a maior incidência que leva pessoas às prisões, com 28% da população carcerária total. Roubos e furtos somados chegam a 37%. Homicídios representam 11% dos crimes que causaram a prisão.

MulheresNo total, há 45.989 mulheres presas no Brasil, de acordo com o Infopen.

Desse contingente feminino, 62% das prisões está relacionada ao tráfico de drogas – quando levados em consideração somente os homens presos, essa taxa é de 26%.

O Infopen indica que 4.804 pessoas estão presas por violência doméstica e outras 1.556 por sequestro e cárcere privado.

Crimes contra a dignidade sexual levaram 25.821 pessoas às prisões. Desse total, 11.539 respondem por estupro e outras 6.062 por estupro de vulnerável.

Presídios federaisQuatro unidades prisionais do Sistema Penitenciário Federal – Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN) – guardam 437 presos, conforme os números do Infopen.

Ao todo, as unidades somavam 832 vagas, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 52,5%.

Em relação à faixa etária, o quadro é inverso ao sistema nacional: 17% é formado por jovens entre 18 e 29 anos e metade por homens entre 35 e 45 anos.

No tocante a raça e cor, observa-se que 73% são negros e 27% são brancos. Sobre escolaridade, 45% não concluíram o ensino fundamental e apenas 14% tem ensino médio completo. Menos de 1% tem ensino superior.

Em relação à distribuição dos crimes no sistema federal, o tráfico de drogas comporta 30% dos registros, enquanto os roubos e furtos chegam a 22% e os homicídios, 16%.

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5 Comentários

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À medida que vamos tomando conhecimento desses dados, percebemos o quanto a criminalização de algumas "drogas" acaba prejudicando nosso país. Existem reflexos em diversos setores: saúde pública, educação, segurança pública e no sistema penitenciário. Precisamos enfrentar esse assunto com a cabeça aberta e entender que esse problema vai muito além. continuar lendo

Bom dia! Tentei excluir meu nome das consultas dos respectivos processos no site jusBrasil sem sucesso. Todos os processos estão finalizados, a maioria por cobrança de dividas que quitei / negociei. Tenho um processo trabalhista que tive que mover pois a empresa me demitiu sem pagar nada. Estou disputando vagas interessantes no mercado de trabalho e quando se consulta meu nome no google aparece os processos inclusive o trabalhista. Isso está me trazendo danos morais sérios. Gostaria de pedir (amistosamente) a retirada do meu nome no resultado de pesquisas deste site. Me contatem inbox para eu passar os dados. Grato. continuar lendo

Vc pode fazer isso nas configurações de conta. continuar lendo

Porém processos são públicos e a não ser que eles se tornem sigilosos, não é cabível a exclusão de seu nome apenas pelo motivo de você não querer que eles estejam nesse site. Qualquer empresa pode consultar seu nome com sistemas de processos e de qualquer forma irão aparecer.

Mas, como dito, nas configurações de conta há uma caixa que você pode marcar para que não apareça em pesquisas do google. continuar lendo

90% dos homicidas sequer são identificados, mas ainda há quem fale em "hiper encarceramento".

tsc tsc tsc continuar lendo